Pular para o conteúdo principal

Juros, termômetro de confiança?


Acredito que a formação ética e financeira seja o principal caminho para termos juros baixos. Antes de tudo é bom afirmar que o juro é talvez o melhor termômetro de confiança que se pode ter de uma economia. Além de instrumento de política econômica seria salutar vermos o juro como termômetro de confiança do mercado na capacidade de pagamentos da população. No tocante à formação ética sugiro uma formação escolar que contemple os itens básicos de convivência e respeito aos bens alheios, isso torna-se necessário pois ao usufruir de um crédito seja bancário ou não, o brasileiro comum tem o hábito de acreditar que o crédito seja um bem dele e que não deve satisfações ao credor que lhe confiou, isso leva a um estado em que credores precisam praticar altos juros por conta da falta de ética dos seus clientes.
 Imagine se num passe de mágica 95% dos brasileiros, passassem a ver os limites de cheque especial como um bem alheio e não como algo seu, se crescessem sabendo que o crédito que lhe oferecerem é uma forma de confiança que lhe depositaram, certamente não teríamos taxas de inadimplências tão altas e juros idem. Que legal seria abrir um banco e ver 95% dos clientes adimplentes!! Que legal seria o lojista confiando tendo certeza do pagamento de todas as prestações de seus clientes, não amigos estamos no Brasil.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cultura e a perpetuação do desenvolvimento II

  Continuando ao post anterior faço uma pergunta proposital, o que aconteceria se a Zona Franca acabasse hoje?...o caos, pobreza, mais isolamento..melhor parar por aqui e ser mais otimista, mas francamente, acho difícil Manaus ser uma cidade desenvolvida, porque o subdesenvolvimento é algo intrínseco a cultura local, em 50 anos do modelo, ainda não   conseguimos sequer tomar as rédeas do Polo Industrial de Manaus, basicamente servimos ao interesses externos e brigamos por canetadas em Brasília, aff.    Mas como perpetuar o desenvolvimento através da cultura? Ao longo da história a religião se incube disso, porém no século XXI com estados laicos isso se torna impraticável, nos resta a educação e digo isso de uma forma ampla, ou seja, não só a que se aprende na escola, mas a que se aprende no dia-a-dia. No post anterior falei que o desenvolvimento é uma obra de décadas, sendo mais preciso digo 5 décadas, tempo necessário para que toda uma PEA (População Economicamente Ativa) este

O que os amazônicos deveriam aprender com os suíços

Desde cedo ouço falar que a Amazônia é a região mais rica do planeta e que seu potencial é inexplorado ou mal explorado.   Bom voltamos no tempo, mais precisamente a 1776, ano em que um escocês chamado Adam Smith lançou livro chamado de “ Um inquérito sobre a causa da riqueza das nações”, após exaustivo inquérito aponta que a quantidade recursos naturais e a localização eram fatores determinantes para a riqueza das nações, três séculos e uma década depois em 1986 um anglo-suíço naturalizado americano (vai entender) chamado Max Gunther lança outro livro chamado de “Axiomas de Zurique” sem querer desafia Adam Smith e aponta os motivos da Suíça, um país minúsculo, sem acesso ao mar, sem recursos naturais abundantes, sem solo fértil e montanhoso se tornou um dos países mais ricos do mundo.        No livro de Max Gunther ele aponta o tino da especulação dos suíços como a maior virtude dos suíços para serem ricos. Voltando a Amazônia percebo justamente a falta de especuladores com